Das inspirações: Frida Kahlo.

Frida

Quem nunca ouviu falar dessa mulher? Que pintava a morte. Que pintava a dor. Que de suas tristezas exalava cor, pra num belo dia nos presentear.
Em La Casa Azul, uma Frida nasceu, onde até hoje meneia os cantos, de uma casa que virou museu.  Através das frestas, através das portas, das cores de seus quadros, ou de frechas tortas, a tonalidade de sua alma continua viva, a andar e tropeçar. Afinal, soberanos são os que tropeçam, pois sempre sabem a hora de recomeçar.  (Jhê Delacroix)

 Espero a partida com alegria e espero nunca mais voltar. Frida Kahlo (1907/1954)

Bom… assim começo o post de hoje, com esse trecho escrito por mim e praticamente inventado na hora. Não demorei mais de 5 minutos para as conotações soarem como terminadas. Acontece que o blog Dos que Amo é livre para expôr o que tenho vontade e fiquei a fim de jogar ao vento (mais uma vez) uma de minhas maiores inspirações (desde o dia 07 de março desse ano): Frida Kahlo.
E é também meu jeito de mostrar pra vocês que SIM: paixões fulgazes acontecem por acaso e não há tempo que abale.

É claro que minha aproximação com a Frida, não veio junto com as águas de março. Mas em 2002, quando alguns coleguinhas me chamavam de Frida na escola, por causa da sobrancelha por fazer. Ou seja: Frida era sinônimo de feio, de desleixo. Frida era sinônimo de choro para mim, apesar da professora de artes (que sempre foi amiga e tão boa comigo) dizer que Frida era legal e eu era “talentosa” como ela. Uma linda. Sempre disse que meu caminho era a arte. Uma pena não ter dado ouvidos. Enfim!
Hoje, lembrar dessas passagens me deixa deslumbrada, mas na época, eu queria mais é ser parecida com uma menina da 8ª série que tinha seios e era paparicada por todos.
Até que entrei na universidade. Lá a Frida já tinha me ‘deixado’. As sobrancelhas agora ‘feitas’ e cercada de amigos. Agora, a Frida era a artista talentosa, citada nas aulas de uma professora excêntrica.  E assim cresceu a admiração pela Frida Kahlo. Somente.

Daí que no dia 7 de março, passo os canais da tv fechada como quem não quer nada e vejo que está passando um filme sobre a Frida Kahlo. E nesse momento a curiosidade venceu e resolvi assistir para conhecer um pouco mais sobre essa mulher que desde pequena me cerca, mas sempre à distância, como se ficasse  à espreita de uma possível aproximação.

Sem piscar, assimilei sua trajetória, seus medos, seus drinks, seu estilo e seus ideais.  Logo eu, que tenho uma queda pelo comunismo. Que entrei na universidade e aprendi o que era militância, o que era um partido, o que eram ideais.
E assim nasceu o amor. Puro e verdadeiro. Sem estímulos de modinha, sem querer ser como as Fridas que encontrei no carnaval de Santa teresa, sem entrar no bonde do “todos gostam”, sem bater na porta das pessoas que são “cool”.

É claro que o filme ‘Frida’ não retrata metade do que deve ter sido a vida dessa mulher. Mas confesso que me apaixonei.  Não somente por sua figura, como pela coragem, força e luta, que lida é sentida, mas vista, certamente foi mais absorvida. Entrei na película e sentia cada repulsa, cada conquista, cada trago de seu cigarro e cada porre do dia seguinte. Cresceu a vontade de saber mais, conhecer mais e ao mesmo tempo, ousar mais, como ela. Em questão de poucas horas me peguei apaixonada por essa moça assim como pelo “moço” (companheiro/amigo/traidor/marido/amoroso/repulsivo/amante/Diego Rivera).

E dessa forma, pensando com meus botões, analisando as coincidências do passado, sinto que minha aproximação com a Frida, não foi por acaso e teve o casamento no momento certo. Eu precisava crescer para tentar entendê-la em sua plenitude. Eu precisava estar em contato com coisas pelas quais a mesma, lidava. Precisava ser em março. Precisava vir com as águas desse mês.

Frida Kalo, ao contrário do que podem pensar, não começou a pintar cedo, mas foi descobrindo a sede pela arte (ou, acredito eu, a sede de querer retratar o que queria com liberdade) quando mais velha.
Ou seja: para redescobrir, se apaixonar ou mesmo amar… não existe tempo, não existe idade.

Com essas considerações e amor repentino (que se for parar pra pensar, não é tão repentino assim), me pego desenhando (pois ela reascendeu minha vontade de pintar telas), criando esboços imaginários, colorindo meu cotidiano, sendo mais sincera comigo, me fotografando, me descobrindo.

Te dedico Frida Kahlo.

Das obras que me dão vontade de chorar, tamanha beleza e complexidade:

Obras Frida Kahlo

Dos filmes:

frida

Direção:  Julie Taymor. 

Frida Naturaleza viva

Direção: Paul Leduc.
“Frida Natureza Viva” de 1986. Estou a fim de assistir.

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Eis algumas releituras que fiz. Espero que gostem!

Frida Kahlo By MeAuto retrato: “Quando me descubro”
Também a postei no Instagram, para ver, clique aqui!

Frida Kahlo By Me 3D

Autoretrato: Releitura Frida Kahlo 3D
Também a postei no Instagram, para ver, clique aqui!

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Se te interessou, podes encontrar mais sobre ela nos seguintes links:

Site Oficial Frida Kahlo

Wikipédia Frida Kahlo

Museu Frida Kahlo

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UPDATE:

Achei o filme completo no YOUTUBE! o/ Estou assistindo novamente e recomendo! (:

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